Citação 9
Grito imperioso de brancura em mim...
Êh coisas de minha terra, passados e formas de agora,
Êh ritmos de síncopa e cheiros lentos de sertão,
Varando contracorrente o mato impenetrável do meu ser...
Não me completam mais que um balanço de tango,
Que uma reza de indiano no templo de pedra,
Que a façanha do chim comunista guerreando,
Que prantina de piá, encastoado de neve, filho de lapão.
No poema “Improviso do mal da América” Mário de Andrade utiliza diversas figuras de linguagem para pintar na mente do leitor um quadro muito revoltado. Que encaixa-se perfeitamente no movimento modernista com toda sua valorização da cultura brasileira. Era nesta reação contra as influencias estrangeiras que o Mário de Andrade se encontrava. Mário de Andrade por seu uso freqüente de sinestesia e outras maneiras, implica que ser Americano requer a utilização dos sentidos e é algo a sentir, não entender.
Mário de Andrade ao longo deste poema usa muitas figuras de linguagem que chama atenção aos sentidos. Logo no início do poema começa compartilhado algumas de suas experiências em que sentiu uma conexão com sua terra, “Eh ritmos de síncopa e cheiros lentos de sertão/ Varando contracorrente o mato impenetrável do meu ser” Estes dois versos introduzam dois conceitos muito sul americanas a musica e a terra livre. Usando os sentidos consegue-se sentir que é mais do que só um lugar.
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